ou mentiras,
nunca saberei,
vidas sobre vidas,
amores perdidos,
corpos entrelaçados,
a mente dentro do nó.
Comunguei meus passos,
estendi meus braços para o norte,
apontei minha visão para o eterno sul,
deixei cair minhas artimanhas no oeste,
renasci como o sol resplandece todo dia,
no sublime leste.
Puro
ou impuro,
nunca saberei,
tentativas sobre tentativas,
suor confuso,
um mar do absurdo,
as letras da escritura,
de nada vale meu testemunho,
o que dói não me cura,
o que me dão são milímetros do prazer,
nada resta fazer senão doar, doar e doar,
vim ao mundo para viver e ter o poder para dizer,
que te amo.
Justo
ou injusto,
nunca saberei,
mundos sobre mundos,
cavaleiro errante,
recito mensagens aos surdos,
hipócritas, estúpidos e ignorantes,
mas a força me impele mais adiante,
para a Lei sou o amante dos amantes,
suporto a dor do esquecido que me chama de maldito,
minha guerra sem luta,
do silêncio vem a ventura,
eis minha alma desnuda, nua e crua,
entregue ao destino outorgado nos confins do infinito,
aqui estou.
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