A verdadeira luz
A reta é curva, sinuosa, para quem tem medo, muito perigosa,
Não pense, nem repense, impossível para os que não viram a santa face,
de relance, num lance, sem chances de sentir tua falsa e medíocre caridade,
num vislumbre lúgubre, bárbaros por toda parte, porca realidade, guerras sem idade.
Invoque a tua santidade, no sufoco, no meio do lodo, perdido na floresta negra.
Quem te salvará de ti mesmo, seja realista, tu és teu próprio inimigo, pérfido, cruel noite escura, não há atalhos muito menos retalhos, apenas o que sobra de ti são estilhaços queimados, o que te mantém vivo é a tua falsa ilusão de que sois bom, hipócrita de si mesmo, és um quadro quebrado.
Falas de amor, do calor da paixão, da inebriante sensação do gozo, mas e depois deste efêmero momento?
Choro, lamento, ranger de dentes, mágoas, porradas, violência é o que impera, desmedida inquietação, é isso que queres?
Afinal qual o caminho a seguir adiante, a tua vida é uma cruz, encruzilhada, na mais pura verdade, uma grande cilada.
Inverta o que está invertido, desnude o teu travestido ser, para o teu bem querer, segue a Lei, não a negues, torne-a tua própria Vontade.
Afinal, toma-te, no final verás que tenho razão, que conheço teu profundo coração.
Quando tudo acabar irás me encontrar no grande salão e terás que confessar a ti mesmo teu desconforto, e livre de teus grilhões, tuas algemas, livre de almas gêmeas, desarmado até a alma, conhecerás a verdadeira luz, a luz que não precisa da escuridão para iluminar coisa alguma, essa será a tua verdadeira fortuna,
A LUZ
NEGRA.
Jorge LCF Lennon ®
Jorge LCF Lennon ®
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